A briga
A palavra
é minha amiga. Sempre foi.
Já Saussure
é seu psicólogo:
ele a retorce, a parte, a mentaliza;
Chama-lhe significado,
Mas não a toca, nem a cheira;
Chama-lhe imagem acústica
Num patamar mais difícil de compreensão
Saussure conversa com a palavra, e lhe diz o que fazer, como ser
Mas não a abraça
Como fazemos eu, você e as crianças.
Eu apenas a pronuncio,
A canto,
A elogio.
A palavra certa
Pode esconder, pode fazer chorar
Pode prender e encantar.
Hjelmslev, outro camarada
é ainda mais sucinto que Saussure
Ele disse pra gente que a palavra está no Plano do Conteúdo
Como se o Plano do Conteúdo fosse um ventre
sendo a palavra, o feto.
Mas as palavras são como o capim-limão:
elas nascem sem ninguém mandar, sem ninguém fazer
Isso também tem nome, dizem que é semiologia.
Já leiga no assunto,
Eu sigo dizendo
que a palavra é a mais pura poesia!
FEITO AGORA - 11 de abril de 2008
APÓS MUITAS REFLEXÕES SOBRE MINHAS AULAS DE LINGUÍSTICA DA TIA LÚCIA, NA UFF
Um comentário:
Ah, que isso, Ana! Adorei! Muito legal a sutileza com que você tratou o assunto. Vou te linkar, ok?
Beijobeijo!
www.chadesaquinho.wordpress.com
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