quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Perdas, ganhos e danos
Começou numa dança estranha
de palavras eletrônicas
de imagens difusas
de juras sem piso nem direção.
Quando eu vi,
Já tinha largado a casa.
Amor,
juízo.
Linhas imaginárias e intáteis
que me enquadravam dentro do aceitável
e do plausível.
Quando abri os olhos
Já não tinha mais chão, não tinha teto
Já não tinha mais onde escorar
Só o vácuo
Só o vão
O pedaço vacante de peito que me sobrava
a lamentar um outro tanto que você levava.
E eu abdiquei
de tudo o que era certo
tudo que era sólido
pela via mais torta e insegura
pelo deslumbramento,
pelo perigo
E dei de cara contigo.
Dei de dentes. E de pele, e de beijos, cheiros,
Um amálgama corporal gritado. Intenso.
Não durou muito. Não durou nada.
Saí dele aos pedaços,
confusa,
sem norte,
sem sorte
e sem reação.
Mas se quer(em) saber
Com todos os cacos que ficaram pelo chão,
Com toda a razão pelo ralo na contramão,
Eu faria tudo outra vez!
Porque o que aconteceu, ficou,
E o que enraiza na memória
Não se perde na história.
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