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Dançando, sobe
em espirais azuis,
brancas,
acinzentadas.
Poluindo, sobe
e vejo dragões
pequenas gueixas,
e vejo flores estranhas
na sua transparência tão subjetiva,
tão tacanha.
Sobe, e conforme sobe,
se desdobra e evanesce,
se integra ao invisivel ar,
desintegra meu alvéolo pulmonar,
seu cheiro abrindo os matagais dos meus cabelos
seu cheiro entranhando nos meus dedos.
Póstuma, sobe
E há tanta poesia no seu pós-morte
Tanto Jimmy Dean, tanto Kerouac
que é na neblina mental - cabeça de vento, eu não penso
que ela ainda sobe,
e sobe,
e sobe.
Um comentário:
faz tempo q não venho aqui pra passear! e quando venho, vejo esta beleza! além de versos mais leves que o ar, a citação de dois afetos como o Dean e o Ti-Jean só me cativou mais! Lindo, Ana!!! Bjão!!!
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