quinta-feira, 24 de julho de 2008

De repente 20

Vou fazer vinte anos no domingo, dia 27 de julho. E bate um medo, uma espectativa, um não-sei de coisas por dentro. Como é fazer vinte anos? Saberei. Não creio que vá mudar muita coisa, vai ser mais uma continuação dos dezenove; bem como os vinte e um será uma continuação dos vinte, e assim sucessivamente.
Mas é interessante. Apesar de eu sentir uma certa insuficiência existencial, como se fosse um vazio, por não ter feito nada realmente significativo nessas duas décadas que vivi. Isaac Newton, aos 18, já era um gênio da física; Ramanujan, matemático indiano, brincava com o dom que lhe foi dado bem antes dos 20, entre outros notáveis, que começaram a revolucionar o mundo tão cedo. Mas eu sou preguiçosa. Ai, eu admito eu sou, por isso o retardo pra mudar as coisas.
Vinte anos. Pode parecer uma preocupação tola (muitos acham que é flor da idade, mas não! é uma total torrente de preocupações e anseios), mas penso no legado que irei deixar aqui. Soa até como uma "velhice precoce", mas acho que a gente precisa deixar alguma coisa: filhos, bens (tanto materiais quanto imateriais, uma árvore, um cachorro, uma frase, o que for!
Acreditem, porque vou ser muito sincera com vocês: estou há três dias para fazer esse post. E não sei exatamente porque, nem existe razão aparente, mas ele está sendo extremamente difícil de concluir. Talvez seja proporcional à minha incapacidade de domar a espectativa em fazer aniversário; sempre gostei muito do dia 27 de julho; mas talvez seja, sim, um poquinho do esperar ansioso pelos primeiros vinte.
E vim dividir isto com vocês essa noite.
Boa noite.

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