Muito mais imaginativa que Akira Kurosawa, eu me definiria. Se você ainda não viu, assista "Sonhos", desse diretor japonês incrivelmente criativo e profundo. Mas hoje não pretendo explorar a temática de Kurosawa, mas, a minha própria.
Passo muitas horas na frente do computador na parte da noite, antes de dormir. Não sei se é isso que gera a minha hiperatividade durante as minhas poucas horas de sono, mas o fato é que eu tenho sonhos muito bizarros, como os de hoje. Ah, quer que eu te conte? Vamos lá.
Sonhei que era uma índia muito, mas muito gostosa. Não adianta vocês me zuarem porque era sonho mesmo. Eu tinha pele dourada e longos cabelos negros, bem Iracemada, bem idílica, envolta num lugar muito parecido com o que seriam as praias do Brasil quinhentista. Nesse interím chegam à mesma praia duas pessoas. Lenine e Gabriel o Pensador! Eu sei que vocês devem estar é rindo da situação, mas eu não inventei isso gente, eu sonhei com isso mesmo!! Sim, Lenine e Gabriel. Bom, eles viram a índia peladona (e gostosa, vale lembrar) passeando pra lá e pra cá e se apaixonaram. A índia? Bom... ela foi criada com conceitos muito legais e heterodoxos de poligamia, ou seja, ela queria... os dois. Certa vez, Lenine estava na rede com a índia (eu, né) e fazendo carinho nos cabelos dela. Quando Gabriel chega perto dele, olha para o corpo da morena e fala: "visão bonita, hein?" Ela, por sua vez, ri para os dois moços.
Eis que a índia Ana, um belo dia, sai sozinha pelo mato, quando topa com Gabriel. Este a olha gulosamente e começa a acariciar seu corpo, e ela, muito receptiva, cede aos encantos espanhóis do homem. Lenine descobre e, o que antes era amizade entre os dois, transforma-se numa disputa pelo coração de Ana.
Tá, a essa altura você já deve estar achando que eu romantizei e ficcionei totalmente o sonho, né? Mas não gente, no sonho foi isso mesmo! Só que (é sem sentido mesmo o que vou contar agora, mas foi assim que aconteceu) a praia - ou Ilha - onde era a morada da índia Ana, estava sendo ameaçada por um vulcão e por dinossauros - isso mesmo, dinossauros - que estavam saindo das lavas. E assim acabou o sonho, o delicioso sonho do triângulo barroco mais 'hot' da contemporaneidade. Não teve explicação para o sumiço de Gabriel e Lenine, fato muito comum em todos os meus bizarros sonhos para os personagens então centrais.
Adoro sonhar, e tenho a sorte de sonhar toda noite. Nem sempre são sonhos bons, mas eu sonho sempre. Acho que é porque eu durmo pouco, e sonhar é tão gostoso, apesar do meu tempo (voluntariamente) limitado pra fazê-lo. Não sei - nem acredito - se exista alguém com tanta criatividade 'rêmica' quanto eu. Se você tiver sonhos assim, bizarros quanto os meus, me conte, porque às vezes eu me sinto como se fosse a única nesse mundo com essa faculdade...
quinta-feira, 26 de junho de 2008
terça-feira, 24 de junho de 2008
Você não tem mais dez anos
Você não tem mais 10 anos. Já pode sair à noite, tomar umas cervejas com os amigos e disseminar um pouco – aconselhável – do seu sexo por aí. Você não pode mais pensar que amanhã dará tempo, porque sabe da hora do rush, sabe que seu chefe quer uma planilha exemplar e que sua crônica enxaqueca não vai fazer o mundo parar. Você está encarregado de correr para sempre, e sempre sem direção; porque você não tem mais 10 anos. Às vezes, você pensa em desistir, você pensa em jogar tudo pro alto; o professor pega no seu pé e a absorção da matéria é impossível. Os monstros verde e roxo foram embora pra sempre e te deixaram sozinho no quarto. Ou você pode fantasiar que eles metamorfosearam-se em promissórias, em angústias, na síndrome do pânico, em dívidas. E então você bebe, pra esquecer. E chora pra equilibrar.
Sim, infeliz ou felizmente você não tem mais 10 anos. E, quando no raro instante em que se deita e olha para o teto, lembra-se do joelho ralado, do último dente de leite, dos sonhos com beijos e da então – hoje – estúpida vontade de crescer. Mas você é devolvido à realidade num baque surdo do despertador que anuncia uma outra atividade qualquer do seu dia, e com ele, a certeza da continuidade, a teimosa possibilidade de melhorar as coisas, uma brasileirice inerente isso, talvez. Entretanto, este é o barco fantasma que nos guia no mar arredio da vivência – ou dessa estética mecanicista de vida. Apesar da bela roupagem, esse saudosismo no fundo é um sintoma que a passagem do tempo, para você, não está sendo uma coisa boa, então, o que fazer?
Você sabe? Eu não sei.
Sim, infeliz ou felizmente você não tem mais 10 anos. E, quando no raro instante em que se deita e olha para o teto, lembra-se do joelho ralado, do último dente de leite, dos sonhos com beijos e da então – hoje – estúpida vontade de crescer. Mas você é devolvido à realidade num baque surdo do despertador que anuncia uma outra atividade qualquer do seu dia, e com ele, a certeza da continuidade, a teimosa possibilidade de melhorar as coisas, uma brasileirice inerente isso, talvez. Entretanto, este é o barco fantasma que nos guia no mar arredio da vivência – ou dessa estética mecanicista de vida. Apesar da bela roupagem, esse saudosismo no fundo é um sintoma que a passagem do tempo, para você, não está sendo uma coisa boa, então, o que fazer?
Você sabe? Eu não sei.
Pior que a tristeza
Boa noite, meus hipotéticos e queridos leitores. Hoje, me sinto um tanto quanto envolvida numa nuvem de letargia, o que me inclina para um assunto quase óbvio. Faz 23 graus esta noite aqui, no Rio de Janeiro. Gozado, tenho um namorado que estava dormindo comigo há dois dias, no maior amor; minha melhor amiga acaba de chegar à cidade, fervilhando de vontade de sair, para curtir uma festa qualquer. E eu? O que penso disso tudo?
Minha resposta é simples, e mais direta, impossível: estou de MAU HUMOR. MUITO MAU HUMOR, diga-se de passagem. E sono. E desgosto. É como se este feriado estupidamente ensolarado não tivesse valido de nada – que Deus perdoe esse meu egoísmo – porque eu simplesmente não me diverti. E a impressão é de que não o farei.
Numa tabela das piores emoções, em primeiríssimo lugar eu consideraria o remorso. Afinal, é aquela vontade inútil de tentar fazer o tempo voltar atrás. Mas em segundo – e quase competindo com o primeiro – não entram nem raiva, nem tristeza, nem ódio: o segundo pior sentimento que odeio sentir é o tédio. Oh Deus, o tédio. É como olhar por um aquário durante três minutos e achar que ficou ali durante dez semanas. É a obsessão em brincar de adiantar os ponteiros do relógio. É retirar o esmalte das unhas no dente, é uma elegia à loucura. O tédio me enlouquece, sabiam? Eu simplesmente tenho horror do tédio, dá uma vontade de chorar, quase supera a TPM. E o pior é que o tédio, quando me invade, não deixa lugar para nada: apesar de eu tentar improvisar outras atividades, o tédio vem e arrebata qualquer raiz de qualquer outro projeto. É um erva daninha, o tédio.
Ando de um lado para o outro dentro de minha modesta casa, e sinto como se ela tivesse quadruplicado de tamanho. Ai, que vazio, que desalento. Estar sozinha numa casa com três pessoas que tão bem me conhecem. Discutir com um namorado que amo.
Tudo por conta do tédio.
Verdade é que, por sorte minha, meu tédio é efêmero – ou eu espero que seja. Espero que, depois daquele banho, daquela maquiagem e de uma boa injeção de auto-estima – nem que seja disparada por um estranho - eu volte a ser a mesma Ana sorridente e espevitada que me é característica, porque eu já moro em prédio, e decididamente não espero seguir o exemplo do Bruno, do Biquíni Cavadão.
Minha resposta é simples, e mais direta, impossível: estou de MAU HUMOR. MUITO MAU HUMOR, diga-se de passagem. E sono. E desgosto. É como se este feriado estupidamente ensolarado não tivesse valido de nada – que Deus perdoe esse meu egoísmo – porque eu simplesmente não me diverti. E a impressão é de que não o farei.
Numa tabela das piores emoções, em primeiríssimo lugar eu consideraria o remorso. Afinal, é aquela vontade inútil de tentar fazer o tempo voltar atrás. Mas em segundo – e quase competindo com o primeiro – não entram nem raiva, nem tristeza, nem ódio: o segundo pior sentimento que odeio sentir é o tédio. Oh Deus, o tédio. É como olhar por um aquário durante três minutos e achar que ficou ali durante dez semanas. É a obsessão em brincar de adiantar os ponteiros do relógio. É retirar o esmalte das unhas no dente, é uma elegia à loucura. O tédio me enlouquece, sabiam? Eu simplesmente tenho horror do tédio, dá uma vontade de chorar, quase supera a TPM. E o pior é que o tédio, quando me invade, não deixa lugar para nada: apesar de eu tentar improvisar outras atividades, o tédio vem e arrebata qualquer raiz de qualquer outro projeto. É um erva daninha, o tédio.
Ando de um lado para o outro dentro de minha modesta casa, e sinto como se ela tivesse quadruplicado de tamanho. Ai, que vazio, que desalento. Estar sozinha numa casa com três pessoas que tão bem me conhecem. Discutir com um namorado que amo.
Tudo por conta do tédio.
Verdade é que, por sorte minha, meu tédio é efêmero – ou eu espero que seja. Espero que, depois daquele banho, daquela maquiagem e de uma boa injeção de auto-estima – nem que seja disparada por um estranho - eu volte a ser a mesma Ana sorridente e espevitada que me é característica, porque eu já moro em prédio, e decididamente não espero seguir o exemplo do Bruno, do Biquíni Cavadão.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
O desentretenimento e a cidade
Não devia, mas eu estou particularmente abismada com a exigência pobre dessas brasileiras que se deslumbram com um universo discrepante que recentemente estreou nos cinemas, e que estão fazendo filas para assisti-lo. O nome do sucesso é “Sex and the city – o filme” e, com o perdão dos fãs, o que já era ruim ficou ainda pior.
Nunca fui dada a seriados, principalmente americanos, a menos que tivessem um fundo histórico, ou de estudo social, ou minimamente cultural. Acontece que especialmente “Sex and the city” tem um contingente maciço de seguidores, e minha inocente pergunta destoa de uma massa uníssona: porquê? Porque tanta promoção e tanto barulho em torno desse filme? O que leva os nossos espectadores – e os de lá – a irem à tela grande, senão um enredo fraco, crivado de uma vastíssima coleção de clichês cansados retirados de livros de auto-ajuda destinados ao público feminino, ou de conteúdo meramente prescritivo quanto a relacionamentos, que são tomados como verdade absoluta numa Nova Iorque que só existe na tela? A mulher americana parece estar habituada à manualizações de todas as coisas, ignorando a ordem natural ou espontânea dos eventos da vida. Elas criam um “how to” de uma primeira noite de sexo, de como dançar, de como reagir ante a cada situação, e isso me incomoda por ser de uma estética tão mecanicista. Ok, segundo a minha intuição, isto está mais para um fenômeno cultural recente que uma padronização social propriamente dita. Mas o mais incrível é como tanta brasileira incauta cai nessa. Gosto de fantasiar que trata-se daquele impacto superficial “legal” que uma outra cultura fora da nossa realidade causa, porém, se passar disso, se essas mulheres começarem a adotar esses conceitos, coordenar todas as suas ações a partir deles e abdicar de sua brasilidade, aí acho babaquice.
Eu não vi – nem verei – este filme, porque seu recheio tá com fermento de menos. Acho de uma paciência otária esperarmos por produções americanas com um fundo mais sério, isso atualmente falando e excluindo desse lastimável panorama diretores como David Lynch, Martin Scorcese, Oliver Stone, Woody Allen e afins. Pior ainda é pensar que essa obra é o programa perfeito para o 12 de junho. É muita falta de criatividade pensar assim, mas não obrigo ninguém a concordar comigo.
Talvez eu até mude de idéia. Talvez eu assista ao tal filme. Mas, obviamente, depois que ele chegar às locadoras, e isso só para conferir os tão afamados sapatos de Sarah Jéssica Parker. Hum... pensando melhor, acho que isso não vale nem os três reais da locação. Pensando bem, já desisti.
:/
Nunca fui dada a seriados, principalmente americanos, a menos que tivessem um fundo histórico, ou de estudo social, ou minimamente cultural. Acontece que especialmente “Sex and the city” tem um contingente maciço de seguidores, e minha inocente pergunta destoa de uma massa uníssona: porquê? Porque tanta promoção e tanto barulho em torno desse filme? O que leva os nossos espectadores – e os de lá – a irem à tela grande, senão um enredo fraco, crivado de uma vastíssima coleção de clichês cansados retirados de livros de auto-ajuda destinados ao público feminino, ou de conteúdo meramente prescritivo quanto a relacionamentos, que são tomados como verdade absoluta numa Nova Iorque que só existe na tela? A mulher americana parece estar habituada à manualizações de todas as coisas, ignorando a ordem natural ou espontânea dos eventos da vida. Elas criam um “how to” de uma primeira noite de sexo, de como dançar, de como reagir ante a cada situação, e isso me incomoda por ser de uma estética tão mecanicista. Ok, segundo a minha intuição, isto está mais para um fenômeno cultural recente que uma padronização social propriamente dita. Mas o mais incrível é como tanta brasileira incauta cai nessa. Gosto de fantasiar que trata-se daquele impacto superficial “legal” que uma outra cultura fora da nossa realidade causa, porém, se passar disso, se essas mulheres começarem a adotar esses conceitos, coordenar todas as suas ações a partir deles e abdicar de sua brasilidade, aí acho babaquice.
Eu não vi – nem verei – este filme, porque seu recheio tá com fermento de menos. Acho de uma paciência otária esperarmos por produções americanas com um fundo mais sério, isso atualmente falando e excluindo desse lastimável panorama diretores como David Lynch, Martin Scorcese, Oliver Stone, Woody Allen e afins. Pior ainda é pensar que essa obra é o programa perfeito para o 12 de junho. É muita falta de criatividade pensar assim, mas não obrigo ninguém a concordar comigo.
Talvez eu até mude de idéia. Talvez eu assista ao tal filme. Mas, obviamente, depois que ele chegar às locadoras, e isso só para conferir os tão afamados sapatos de Sarah Jéssica Parker. Hum... pensando melhor, acho que isso não vale nem os três reais da locação. Pensando bem, já desisti.
:/
quarta-feira, 18 de junho de 2008
O reflexo e a reflexão
Olá meus caros leitores. Hoje lhes proponho um desafio. Vocês saberiam distinguir o reflexo da reflexão? Saberiam?
Não se enganem pela semelhança da escrita, muito menos me façam a proeza de dizer que reflexão é o aumentativo de reflexo. Rs. Reflexo e reflexão são duas coisas que andam de mãos dadas, mas se aplicam em situações bem distintas, embora, muito embora, as duas se apliquem muito comumente em contextos errados.
Sabe quando estamos com preguiça, e, diante de algo que exige certa estratégia fazemos somente o óbvio? Então. Seguimos o reflexo, esse modo econômico de se chegar ao desfecho de uma situação, sem brilhantismo nem esforço. Entretanto, se refletimos e botamos os nossos neurônios pra queimar umas calorias – eles estão aí pra isso mesmo – então, reflexionamos. E, tcharam, as pessoas vão nos olhar por cima, como quem está perante alguém que demonstrou habilidade ante circunstância adversa. Mas imagino que você deva estar se perguntando “e daí, Ana, em que isso me afeta?”, e eu tenho sua resposta pronta.
Somos, a todo tempo, tentados a fazer somente o óbvio, seja pelo encurtamento da tarefa, seja pela preguiça mesmo ou – indo mais longe ainda na imaginação – pelo mundo favorável e conspiratório ao nosso fracasso. E a minha dica de hoje é: surpreenda. Surpreenda, sempre que puder, com muito mais do que as pessoas esperam de você. Principalmente, surpreenda a si mesmo, que a transcendência nos eleva tão prazerosamente que chegamos a admirar nós mesmos. Dê o máximo de si na realização de qualquer tarefa, por mais leviana que seja. Você não quer excelência dos outros? Então. Não seja bom. Seja excelente. Execute com precisão absoluta aquilo para que você for designado, sempre que puder. Não deixe se absorver pelo reflexo, porque isto nada mais é que a desistência comum tentando lhe vencer. Quando o produto de seu trabalho não for o melhor, você terá a consciência de que fez o que pôde.
A pressão do nosso agitado dia-a-dia nos inclina ao cansaço, e isso é absolutamente natural. Só que a fortaleza em ser criativo, ou mesmo encarar de bom humor uma situação complicada é que nos destaca em um meio. Não, não estou te dizendo que você não pode falhar em momento algum, que a perfeição deva ser o seu primeiro e máximo preceito, afinal, você é tão humano quanto eu e está sujeito ao fracasso. Mas, se você pode fazer determinada coisa com primazia, porque fazer mais ou menos? Se pode dar um sorriso diante do ônibus que perdeu, porque revoltar-se com o mundo e – pior – descontar nas outras pessoas, que nada têm a ver com nossas falhas?
Pratique a reflexão enquanto filosofia de vida, essa é a minha dica de hoje. Seja mais paciente, ainda que a paciência seja impensável. Peça, dê licença. Responda “obrigado”, sorria para as pessoas na rua. Se conseguir tal façanha, me ensine a ser assim.
Não se enganem pela semelhança da escrita, muito menos me façam a proeza de dizer que reflexão é o aumentativo de reflexo. Rs. Reflexo e reflexão são duas coisas que andam de mãos dadas, mas se aplicam em situações bem distintas, embora, muito embora, as duas se apliquem muito comumente em contextos errados.
Sabe quando estamos com preguiça, e, diante de algo que exige certa estratégia fazemos somente o óbvio? Então. Seguimos o reflexo, esse modo econômico de se chegar ao desfecho de uma situação, sem brilhantismo nem esforço. Entretanto, se refletimos e botamos os nossos neurônios pra queimar umas calorias – eles estão aí pra isso mesmo – então, reflexionamos. E, tcharam, as pessoas vão nos olhar por cima, como quem está perante alguém que demonstrou habilidade ante circunstância adversa. Mas imagino que você deva estar se perguntando “e daí, Ana, em que isso me afeta?”, e eu tenho sua resposta pronta.
Somos, a todo tempo, tentados a fazer somente o óbvio, seja pelo encurtamento da tarefa, seja pela preguiça mesmo ou – indo mais longe ainda na imaginação – pelo mundo favorável e conspiratório ao nosso fracasso. E a minha dica de hoje é: surpreenda. Surpreenda, sempre que puder, com muito mais do que as pessoas esperam de você. Principalmente, surpreenda a si mesmo, que a transcendência nos eleva tão prazerosamente que chegamos a admirar nós mesmos. Dê o máximo de si na realização de qualquer tarefa, por mais leviana que seja. Você não quer excelência dos outros? Então. Não seja bom. Seja excelente. Execute com precisão absoluta aquilo para que você for designado, sempre que puder. Não deixe se absorver pelo reflexo, porque isto nada mais é que a desistência comum tentando lhe vencer. Quando o produto de seu trabalho não for o melhor, você terá a consciência de que fez o que pôde.
A pressão do nosso agitado dia-a-dia nos inclina ao cansaço, e isso é absolutamente natural. Só que a fortaleza em ser criativo, ou mesmo encarar de bom humor uma situação complicada é que nos destaca em um meio. Não, não estou te dizendo que você não pode falhar em momento algum, que a perfeição deva ser o seu primeiro e máximo preceito, afinal, você é tão humano quanto eu e está sujeito ao fracasso. Mas, se você pode fazer determinada coisa com primazia, porque fazer mais ou menos? Se pode dar um sorriso diante do ônibus que perdeu, porque revoltar-se com o mundo e – pior – descontar nas outras pessoas, que nada têm a ver com nossas falhas?
Pratique a reflexão enquanto filosofia de vida, essa é a minha dica de hoje. Seja mais paciente, ainda que a paciência seja impensável. Peça, dê licença. Responda “obrigado”, sorria para as pessoas na rua. Se conseguir tal façanha, me ensine a ser assim.
O ateu que rezava
Não sei quanto a você, meu caro leitor, mas eu conheço muita gente. E, principalmente agora, que ingressei numa famosa faculdade fluminense que o faço ainda mais. Todo dia é alguém novo que passa por mim, me dá um amistoso “oi”, que sem custo, devolvo. São muitas tribos diferentes, muitas opiniões divergentes, muitas opiniões. A faculdade é um lugar muito produtivo, onde existe um choque diário de toda a espécie de cultura.
E é justamente sobre o comportamento de algumas pessoas dessas tribos que gostaria de abordar hoje. É uma galera tão bacana, tão charmosa, tão inteligente... mas às vezes, sinto que deixam de fazer o que mais gostam por estarem – ou se considerarem - inseridos num dado contexto. Já parei e conversei com muita gente lá da universidade, principalmente os veteranos, e só vocês vendo, quase todos uns amores, à sua maneira de sê-lo. A receptibilidade transborda-lhes o brilho dos olhos jovens. Mas a idéia que tenho é que a grande parcela dessa galera, por assimilação mesmo, passa a circular com aqueles que lhe são comuns, que partilham do mesmo ponto de vista; porém, quanto maior o grupo vai ficando, mais determinadas pessoas vão perdendo a essência de seu começo. Como um colega meu, que se diz ateu confesso para o seu grupo, mas entre a gente – nos conhecemos há pelo menos uns 7 anos – tem um estranho costume de rezar antes de dormir. Não fazemos a mesma faculdade, mas nós mantemos contato – quase sempre pelo msn – sempre que possível. Sei que vocês devem estar achando isso um absurdo em plenos anos 2000, e inclusive duvidando da veracidade de minha história, mas acreditem, meus caros; isto existe. Certamente há uma pressão social para que ele se comporte dessa forma, e não, eu não estou me destinando a fazer aqui um discurso cristão, estou meramente ilustrando uma situação.
Não é curioso que, subitamente, mudemos hábitos de uma vida inteira para nos adequarmos à outra realidade? Muitas vezes, que percamos totalmente a essência que nos acompanhou por toda a infância e pré-adolescência – sinto-me um tanto quanto imprecisa, porque essas influências podem começar na própria pré-adolescência, mas, enfim – para integrar um grupo uníssono de costumes? Acho muito, mas muito positiva mesmo essa troca constante de informação que existe dentro de grandes centros intelectuais, como colégios e faculdades; ambientes de trabalho e afins, mas eu definitivamente não admito que tentem sufocar peculiaridades que me são tão características. E a faculdade, que deveria ser um reduto da pluralidade – não de tribos, mas de todas as mentes – acaba por uniformizar todas as pessoas que pertencem à específica turma. O estereótipo é o fomento da ignorância, e isso é facilmente observado tanto pelo meio externo, que olham punks, homossexuais, hippies e comunistas com desprezo, quanto pelo próprio grupo, que acredita inutilmente que existem preceitos a serem seguidos com fidelidade, quando – penso eu - as pessoas só devem seguir com fidelidade e plenitude as coisas em que realmente acreditam.
E é justamente sobre o comportamento de algumas pessoas dessas tribos que gostaria de abordar hoje. É uma galera tão bacana, tão charmosa, tão inteligente... mas às vezes, sinto que deixam de fazer o que mais gostam por estarem – ou se considerarem - inseridos num dado contexto. Já parei e conversei com muita gente lá da universidade, principalmente os veteranos, e só vocês vendo, quase todos uns amores, à sua maneira de sê-lo. A receptibilidade transborda-lhes o brilho dos olhos jovens. Mas a idéia que tenho é que a grande parcela dessa galera, por assimilação mesmo, passa a circular com aqueles que lhe são comuns, que partilham do mesmo ponto de vista; porém, quanto maior o grupo vai ficando, mais determinadas pessoas vão perdendo a essência de seu começo. Como um colega meu, que se diz ateu confesso para o seu grupo, mas entre a gente – nos conhecemos há pelo menos uns 7 anos – tem um estranho costume de rezar antes de dormir. Não fazemos a mesma faculdade, mas nós mantemos contato – quase sempre pelo msn – sempre que possível. Sei que vocês devem estar achando isso um absurdo em plenos anos 2000, e inclusive duvidando da veracidade de minha história, mas acreditem, meus caros; isto existe. Certamente há uma pressão social para que ele se comporte dessa forma, e não, eu não estou me destinando a fazer aqui um discurso cristão, estou meramente ilustrando uma situação.
Não é curioso que, subitamente, mudemos hábitos de uma vida inteira para nos adequarmos à outra realidade? Muitas vezes, que percamos totalmente a essência que nos acompanhou por toda a infância e pré-adolescência – sinto-me um tanto quanto imprecisa, porque essas influências podem começar na própria pré-adolescência, mas, enfim – para integrar um grupo uníssono de costumes? Acho muito, mas muito positiva mesmo essa troca constante de informação que existe dentro de grandes centros intelectuais, como colégios e faculdades; ambientes de trabalho e afins, mas eu definitivamente não admito que tentem sufocar peculiaridades que me são tão características. E a faculdade, que deveria ser um reduto da pluralidade – não de tribos, mas de todas as mentes – acaba por uniformizar todas as pessoas que pertencem à específica turma. O estereótipo é o fomento da ignorância, e isso é facilmente observado tanto pelo meio externo, que olham punks, homossexuais, hippies e comunistas com desprezo, quanto pelo próprio grupo, que acredita inutilmente que existem preceitos a serem seguidos com fidelidade, quando – penso eu - as pessoas só devem seguir com fidelidade e plenitude as coisas em que realmente acreditam.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Abrindo os ouvidos (e a cabeça também)
Não sei quanto a você, meu querido leitor, mas eu definitivamente eu não sei qual é a do preconceito musical. Oras, que gosto é igual àquilo todos nós já estamos fartos de saber. Eu tenho o meu, você tem o seu, os outros têm os deles. Se tudo fosse assim, acho que não daria certo. Paz, afinal, está num plano tão utópico que torna-se quase impensável. Triste. Mas minha ira está direcionada não essencialmente a um estilo musical específico, mas às setas que me lançam muitas pessoas quando eu me assumo uma pessoa completamente eclética. Sim sim, ecletiquíssima. Ouço isso até da minha mãe, se querem saber. Aliás, quem tiver aí com tempo e paciência (aliás, muita mesmo) dá uma checada nas minhas comunidades do orkut – se conseguir ir até as quatrocentas, me conte como fez – e você vai ter mais ou menos uma idéia que sou alguém absolutamente pluri para quase tudo: na música, na moda, na decoração e blá blá blá.
Mas ok, vamos tentar aqui amarrar a tal questão musical da coisa. Que tal uma fusão de rock com psytrance, han? Nossa, pela sua cara, parece que te ofereci uma vitamina de ovo com alho. Mas não estranhe: a fusão dá certo. E muito. Ou então a já muito clichê dobradinha do drum in bossa, que pela obviedade do título, já dá pra sacar qual é. Hum... uma delícia mesmo. Vou de samba a trance numa boa, e não me culpo por não enquadrar numa tribo só. Ah, tem mais: algum de vocês já ouviu falar em “new age”? É uma galerinha esotericamente alternativa, que curte esses papos de lua, poções, mas tudo bem. Eu respeito e acho, inclusive, interessante. Ou então, retire tudo desse calderão e separe elemento por elemento. E curta tudo. Essa é a minha visão.
Porque eu abriria mão daquele som ma-ra-vi-lho-so dos Doors, do Jefferson Airplane, do Purple, só pelo fato de curtir um Noel Rosa, uma Elzinha Soares, um Bezerra da Silva? Acho besteira essa coisa de “ah, porque você curte isso não pode curtir aquilo”. Como assim? Querem cercear minha liberdade de escolha com base em que conceitos??? Pô, num sábado desses assisti a um show de um dos maiores cantores e compositores da MPB de nossa geração – minha concepção, ta gente? -, o Lenine, e saí de lá realizada. E pretendo ir para a Kaballah, uma rave que vai acontecer dia 21 de junho, na mesma empolgação. Acho tão legal ouvir coisas diferentes que eu não me imagino ouvindo um só estilo musical. É claro que tem coisas que não gosto, e nunca vou gostar, tipo pagode, sertanejo. Mas respeito quem gosta, e até me aventuro nos passinhos, se é o caso. Tem dia que acordo com vontade de ouvir uma música específica, mas na minha cabeça, é tudo muito transitório, e eu já sou tão naturalmente elétrica que um gênero musical só não é o bastante para sanar minha inquietação mental. Não faço nada sem música. Me visto, tomo banho, almoço, estudo, enfim, minha vida é rodeada de música por todos os lados. E da mais variada – e melhor – estirpe, diga-se de passagem.
Mas ok, vamos tentar aqui amarrar a tal questão musical da coisa. Que tal uma fusão de rock com psytrance, han? Nossa, pela sua cara, parece que te ofereci uma vitamina de ovo com alho. Mas não estranhe: a fusão dá certo. E muito. Ou então a já muito clichê dobradinha do drum in bossa, que pela obviedade do título, já dá pra sacar qual é. Hum... uma delícia mesmo. Vou de samba a trance numa boa, e não me culpo por não enquadrar numa tribo só. Ah, tem mais: algum de vocês já ouviu falar em “new age”? É uma galerinha esotericamente alternativa, que curte esses papos de lua, poções, mas tudo bem. Eu respeito e acho, inclusive, interessante. Ou então, retire tudo desse calderão e separe elemento por elemento. E curta tudo. Essa é a minha visão.
Porque eu abriria mão daquele som ma-ra-vi-lho-so dos Doors, do Jefferson Airplane, do Purple, só pelo fato de curtir um Noel Rosa, uma Elzinha Soares, um Bezerra da Silva? Acho besteira essa coisa de “ah, porque você curte isso não pode curtir aquilo”. Como assim? Querem cercear minha liberdade de escolha com base em que conceitos??? Pô, num sábado desses assisti a um show de um dos maiores cantores e compositores da MPB de nossa geração – minha concepção, ta gente? -, o Lenine, e saí de lá realizada. E pretendo ir para a Kaballah, uma rave que vai acontecer dia 21 de junho, na mesma empolgação. Acho tão legal ouvir coisas diferentes que eu não me imagino ouvindo um só estilo musical. É claro que tem coisas que não gosto, e nunca vou gostar, tipo pagode, sertanejo. Mas respeito quem gosta, e até me aventuro nos passinhos, se é o caso. Tem dia que acordo com vontade de ouvir uma música específica, mas na minha cabeça, é tudo muito transitório, e eu já sou tão naturalmente elétrica que um gênero musical só não é o bastante para sanar minha inquietação mental. Não faço nada sem música. Me visto, tomo banho, almoço, estudo, enfim, minha vida é rodeada de música por todos os lados. E da mais variada – e melhor – estirpe, diga-se de passagem.
A nossa fada azul
A nossa fada azul
Recentemente assisti a um filme de alguns anos atrás, que teve grande audiência na época de seu lançamento. Trata-se de A.I (Artificial Intelligence, no original), e aqui no Brasil já foi exibido na televisão aberta. Não é a primeira vez que assisto a esse filme, mas é a primeira vez que enxergo quão densa é a sua mensagem. Para os amantes do diretor do mesmo, recomendo: essa é mais uma das memoráveis obras spielbergerianas. Mas acho que a graça do filme fica mesmo por conta da mensagem, que aliás, são duas.
Um precoce e hipnótico Haley Joel Osment “encarna” David, um robô que, na ficção, é o único de sua série capaz de nutrir sentimentos pelas pessoas. Em dado momento, ele é rejeitado e abandonado numa floresta, onde precisa aprender a se virar, e a partir daí desenrola-se a trama, pois ele parte em busca de uma suposta “fada azul”, que seria capaz de transformá-lo num menino real, tal e qual o conto de Pinocchio. O então robozinho se aventura por lugares ermos, conhece personagens diversos com um quê de Kurosawa. Outrossim, nada de fada azul.
É lá pelo fim da história que a tal figura lendária se materializa bem diante dos olhos de David, e aí é possível traçar um paralelo entre o filme e nossas vidas. Para o pequeno David, a fada azul representava um sonho, e não importaria o quão distante ele estivesse, ele iria persegui-lo, pois era aquele sonho a razão pelo qual ele estava vivo – ou ligado. O sonho de David era o motor de sua vida – útil? – e renunciar ao mesmo seria deixar-se morrer. Ainda existe outra lição do filme que podemos extrair, embora eu a considere um poquinho mais inconspícua: a preciosidade que é a condição humana de vida, porque o ser humano é divino, apesar de toda a adversidade e desvalorização do homem para consigo. Em melhores palavras, “a vida é tão rara”, como bem disse Lenine, em uma canção.
O que seria de nós sem nossas ambições, sonhos, ideais, desejos, emoções? Viver pelo simples fato de respirar não é o bastante, porque o cerne da existência consiste em muito mais que isso. É perseguir a fada azul até o olho do furacão. É aprender com os erros, e errar de novo. Ser fraco, chorar baixinho no escuro é natural, e pode até fazer bem, ninguém é rochoso todo o tempo. Viver é ir costurando a nossa história com a de outras pessoas, ir conhecendo gente nova e gente que a gente pensa que já conhece há muito tempo. É caminhar permanentemente fazendo escolhas, ora frívolas, ora definitivas. Quase sempre definitivas. Existem milhões de metáforas para designar o que é a vida e o que é viver, mas o melhor jeito de empregá-las todas de uma vez é simplesmente aplicar o saturado e válido preceito de fazer valer a pena. E dá certo. E é a melhor maneira de encontrar a fada azul que, na maioria das vezes, está repousando sobre o nosso ombro.
Recentemente assisti a um filme de alguns anos atrás, que teve grande audiência na época de seu lançamento. Trata-se de A.I (Artificial Intelligence, no original), e aqui no Brasil já foi exibido na televisão aberta. Não é a primeira vez que assisto a esse filme, mas é a primeira vez que enxergo quão densa é a sua mensagem. Para os amantes do diretor do mesmo, recomendo: essa é mais uma das memoráveis obras spielbergerianas. Mas acho que a graça do filme fica mesmo por conta da mensagem, que aliás, são duas.
Um precoce e hipnótico Haley Joel Osment “encarna” David, um robô que, na ficção, é o único de sua série capaz de nutrir sentimentos pelas pessoas. Em dado momento, ele é rejeitado e abandonado numa floresta, onde precisa aprender a se virar, e a partir daí desenrola-se a trama, pois ele parte em busca de uma suposta “fada azul”, que seria capaz de transformá-lo num menino real, tal e qual o conto de Pinocchio. O então robozinho se aventura por lugares ermos, conhece personagens diversos com um quê de Kurosawa. Outrossim, nada de fada azul.
É lá pelo fim da história que a tal figura lendária se materializa bem diante dos olhos de David, e aí é possível traçar um paralelo entre o filme e nossas vidas. Para o pequeno David, a fada azul representava um sonho, e não importaria o quão distante ele estivesse, ele iria persegui-lo, pois era aquele sonho a razão pelo qual ele estava vivo – ou ligado. O sonho de David era o motor de sua vida – útil? – e renunciar ao mesmo seria deixar-se morrer. Ainda existe outra lição do filme que podemos extrair, embora eu a considere um poquinho mais inconspícua: a preciosidade que é a condição humana de vida, porque o ser humano é divino, apesar de toda a adversidade e desvalorização do homem para consigo. Em melhores palavras, “a vida é tão rara”, como bem disse Lenine, em uma canção.
O que seria de nós sem nossas ambições, sonhos, ideais, desejos, emoções? Viver pelo simples fato de respirar não é o bastante, porque o cerne da existência consiste em muito mais que isso. É perseguir a fada azul até o olho do furacão. É aprender com os erros, e errar de novo. Ser fraco, chorar baixinho no escuro é natural, e pode até fazer bem, ninguém é rochoso todo o tempo. Viver é ir costurando a nossa história com a de outras pessoas, ir conhecendo gente nova e gente que a gente pensa que já conhece há muito tempo. É caminhar permanentemente fazendo escolhas, ora frívolas, ora definitivas. Quase sempre definitivas. Existem milhões de metáforas para designar o que é a vida e o que é viver, mas o melhor jeito de empregá-las todas de uma vez é simplesmente aplicar o saturado e válido preceito de fazer valer a pena. E dá certo. E é a melhor maneira de encontrar a fada azul que, na maioria das vezes, está repousando sobre o nosso ombro.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Meus amores,
Vim comunicar a vocês que eu estou sem internet em casa - e por esse motivo não tenho escrito minhas usuais baboseiras que vocês gostam de ler.
Já tenho, ao menos, umas cinco crônicas - sem contar com poesias - escritas, que prentendo postar assim que a net lá em casa voltar.
Enquanto isso, vocês se animem e vão ler outra coisa! rs
Beijinho no coração de todo mundo!
Já tenho, ao menos, umas cinco crônicas - sem contar com poesias - escritas, que prentendo postar assim que a net lá em casa voltar.
Enquanto isso, vocês se animem e vão ler outra coisa! rs
Beijinho no coração de todo mundo!
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