sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Antes que a vontade passe

Não quero que o post de hoje soe como uma espécie de auto-ajuda, portanto, não acho interessante que você o leia com esse direcionamento. É mais pra exprimir o que eu penso.
Às vezes eu deixo muita coisa passar, mesmo estando com vontade de concretizá-las. Comprar um livro, tirar uma xérox, ir à dermatologista; coisas reles mesmo, que, apesar de reles, apenas refletem o meu descompromisso com a minha própria vontade. Hoje acordei pensando nisso, e talvez a incidência de um pensamento possa ser o feto da mudança, né?
Há dois dias eu cismei que ia cortar o cabelo. Muitas pessoas foram contra, falaram que tava bonito grande, e só uma menina - que também lê este blog e o corte se deve, um tanto, pela força dela - foi favorável à minha idéia. Fiquei nesse chove-não-molha, até tomar a decisão e decidir pela vontade. Sim, a vontade venceu o cansaço! Mas e se tivesse perdido? E se eu não tivesse cortado? Bom, isto só as mechas - que não foram poucas - espalhadas pelo chão do salão da Vanda, que é quase uma tia, podem dizer, ou se lamentar a respeito. Acontece que foi uma mudança legal, tava mesmo precisando disso, uma repaginada. Literalmente, um peso foi embora.
Acredito que a gente deixa, voluntariamente, oportunidades únicas escaparem pelos dedos, simplesmente por ter preguiça ou medo. É essa poeira que se aloja sobre a nossa própria vontade que acaba asfixiando qualquer mudança realmente significativa. Daqui pra frente, tentarei fazer o máximo possível das minhas próprias vontades, juro a mim mesma. Não quero que minhas vontades, ainda que momentâneas, se reduzam a desejos cristalizados - e irrealizados - até se perderem no tempo. Tirando as vontades meio doidas - de me matar, de querer terminar com o Jefferson por briguinhas simples, de fugir de casa, entre um sem número de outras - acho que quase toda vontade está no limiar da concretização. Esse próprio post é um exemplo disso. Comecei a pensar no que escreveria, e antes que as idéias me fugissem, tratei de pô-las num papel, porque estava com vontade e, se eu deixasse passar, este post não existiria. E é por isso que pra mim, chega da velha máxima de que "vontade dá e passa". Pelo menos agora, a vontade dá, sim; mas só vai passar depois que eu torná-la concreta.

2 comentários:

Unknown disse...

Fui eu quem deu força...
xD
Beijão, Ana!

www.chadesaquinho.wordpress.com

ROQUE RASCUNHO disse...

po, eu sou um procastinador incorrigível tb...rs

vc torna o cotidiano tão bacana de se ler que eu não tenho como deixar de vir aqui!